segunda-feira, abril 23, 2007

O dia mais longo

Quarta-feira 11 de Abril.

Jantámos e passámos a noite normalmente, eu um pouco ansioso, ela super calma.

Quinta-feira 12 de Abril.

As contracções aumentaram de intensidade e começaram a ser regulares. Ligámos para o hospital para saber o que fazer. Disseram-nos para irmos de imediato. Demos entrada no HCVP às 5 horas do dia 12 (estava previsto entrarmos às 9 da manhã, mas o Tomás achou por bem acelerar o processo). Pelas 5:30 a Mónica já estava numa sala de partos do HCVP, para o que seria uma longa espera!

Assim que chegou à sala de partos foi ligado o CTG para controlar as contracções e o batimento cardíaco do Tomás, e a Mónica ligada a soro.

E o tempo foi passando, 6:30.. 7:30.. 8:30... as contracções a aumentarem de intensidade e de dor e em intervalos de tempo cada vez menores. Sempre pensei que antes de almoço a questão ficasse resolvida. 9:30.. 10:30.. as dores começam a ficar muito fortes, 11:30 a Mónica leva a primeira dose de epidural, o que é bom, pois alivia as dores do parto, mas não deve ser fácil levar um injecção no meio da espinha, pelo menos ela não fez uma cara bonita.


Depois de levar a epidural as dores passaram as contracções já não se sentiam e a boa disposição voltou.

12:00 horas de quinta-feira, eu a pensar que a coisa se resolvia cedo, mas ninguém parecia da mesma opinião, as enfermeiras não se mostravam muito preocupadas nem espectantes, o nosso médico ainda não tinha aparecido, de vez em quando lá vinha alguém perguntar se estava tudo bem, comecei a pensar que se calhar não seria para tão cedo. Ok, a mãe agora estava bem, então eu estava bem.




Tinha dormido 40 minutos nessa noite. O stress apertava e começava a acusar o cansaço. Só de manhã bebi uns 6 cafés que pouco ou nada ajudaram, andava assim meio zombie pela sala de parto.

Entretanto lá fui "almoçar" uma sandes e um sumol para não demorar muito tempo, não fosse o Tomás querer sair sem o Pai por perto.


Voltei à sala de partos e tudo estava na mesma, o relógio marcava 13h.
O médico apareceu por volta das 14:30h só para ver como estava a situação. Fez o "toque", 2 dedos de dilatação! SÓ??? Desde as 5:30 da manhã e só tinha 2 dedos de dilatação? Aí pensei que não nos safávamos da sala de operações.
Bem, o tempo lá foi passando, o cansanço aumentando, a ansiedade rebentando. Às 16h o médico decidiu rebentar as águas para acelerar o trabalho de parto.
3 dedos de dilatação.
17h, 4 dedos de dilatação.
Fui comer uma bucha para não cair para o lado durante o grande momento, juro que só demorei uns 20 minutos. Quando cheguei já tinhamos 8 dedos! sim, 8 dedos! já estava tudo em grande alvoroço, enfermeiras para cá e para lá, médicos, anestesista e pediatra no aquecimento para entrar em campo.
17:50 estava tudo a postos, eu coloquei-me no meu lugar, era assim um cantinho onde não atrapalhava ninguém e podia "apoiar" a Mónica.
Foram 10 minutos até o Tomás estar no peito da mãe.

Tudo correu bem, o Tomás está óptimo e os pais babados.

2 comentários:

claudia disse...

Que adrenalina só de te ler ,imagino quando for eu a passar por isso .

Um beijo ao Tomás e muitas felicidades na vida.

Catarina Fernandes disse...

Já li, li, li, e reli! Depois, pedi ao Paulo para ele ler... pelo menos ele conseguiu pronunciar algumas palavras: "pelo menos o nosso foi muito mais rápido". Pudera! Foi cesariana!

Eu ainda não sei que diga! Bem queria aqui deixar umas palavritas, mas o pavor que tenho dos partos e das salas de partos, tira-me qualquer tipo de inspiração possível...

Ainda bem que tudo correu bem.
E viva o Tomás!